Olá, tudo bem? Eu sou a Dra. Salma, e hoje quero conversar com você — que está vivendo a missão (e muitas vezes a sobrecarga) de cuidar de um familiar idoso com problemas de saúde mental, como Alzheimer ou outras formas de demência.
Se esse é o seu caso, quero começar dizendo: você não está sozinho(a). E o que você sente é legítimo.
A realidade que ninguém vê
Você provavelmente já ouviu muitos conselhos sobre o que o seu ente querido precisa. Mas quem cuida de você?
O desgaste emocional de ser cuidador familiar vai muito além do físico. É um cansaço silencioso, acompanhado por culpa, ansiedade e até tristeza. Por isso, é tão importante falar sobre a saúde mental do cuidador — um tema que ainda é pouco discutido, mas essencial.
O que você pode fazer por você
Como médica, já atendi muitos pacientes nessa posição. E como pessoa, também já estive nesse lugar. Aqui vão algumas sugestões práticas e acolhedoras que podem te ajudar no dia a dia:
- Respeite os seus limites. Dizer “não consigo” não é fraqueza, é autocuidado.
- Procure redes de apoio. Participar de um grupo com outros cuidadores pode aliviar muito o peso emocional.
- Terapia faz diferença. Você merece ser ouvido e acolhido — sem julgamentos.
- Mexa o corpo, acalme a mente. Caminhar, dançar, meditar. Qualquer movimento vale.
- Tenha momentos só seus. Ler um livro, tomar um banho demorado, escutar uma música. Pequenos rituais renovam o fôlego.
Onde encontrar apoio
Para facilitar, aqui vão alguns caminhos de suporte emocional e prático:
- Grupos de apoio online e presenciais
- ONGs voltadas ao cuidado do idoso
- Psicoterapia individual
- Serviços públicos especializados em saúde do cuidador
Um lembrete sincero
Você é essencial. E sua saúde mental é tão importante quanto a de quem você cuida. Cuidar com amor não precisa significar se anular.
Se precisar conversar, estou aqui.
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