O delírio é uma condição neuropsiquiátrica de aparecimento súbito, caracterizada por uma alteração rápida e variável na atenção, consciência e funções cognitivas. Esta síndrome é particularmente comum em idosos, especialmente durante internações hospitalares, afetando entre 15% e 50% dos pacientes nessa faixa etária.
Definição e Sintomas
O delírio se manifesta como uma perturbação na atenção e na consciência, juntamente com alterações cognitivas como desorientação, dificuldades na memória e na linguagem, além de distúrbios perceptivos, como alucinações. Esses sintomas surgem de forma repentina, geralmente ao longo de horas ou dias, e a sua intensidade costuma variar ao longo do dia.
Causas e Fatores de Risco
Existem diversos fatores que podem desencadear o delírio em idosos, entre eles infecções, desidratação, uso múltiplo de medicamentos (polifarmácia), distúrbios metabólicos e hospitalizações prolongadas. A presença de uma demência prévia aumenta consideravelmente o risco, tornando essencial a identificação precoce e a correção desses fatores para prevenir o delírio.
Importância da Atenção Médica Imediata
O delírio é considerado uma emergência médica geriátrica. Sua presença está associada a resultados adversos, como aumento da mortalidade, prolongamento do tempo de internação e maior risco de institucionalização. Além disso, o delírio pode ser o primeiro indício de uma condição médica subjacente grave, como infecções ou distúrbios metabólicos, o que exige avaliação e intervenção rápidas.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico do delírio se baseia na observação clínica dos sintomas e na história do paciente. Ferramentas como o Confusion Assessment Method (CAM) podem ser úteis na identificação do problema. O tratamento implica na correção das causas subjacentes, controle dos sintomas e criação de um ambiente seguro e orientador para o paciente.
Conclusão
O delírio em idosos é uma condição grave que demanda reconhecimento e intervenção imediatos. Entender seus sinais, causas e a importância de uma resposta médica rápida é fundamental para melhorar os desfechos clínicos e a qualidade de vida dos pacientes afetados.